OS TIPOS DE CESTARIA
Sílabas gráficas
O desenho do trançado formando quadrados concêntricos (waláiapo em Baniwa: balaio-ele vê), sem o uso de talas coloridas, é o primeiro que toda criança aprende: é como o alfabeto aprendido para poder ler na escola. Aparece no fundo de todo urutu.
Através das técnicas do trançado, vários motivos geométricos podem ser criados, todos com um significado simbólico específico. Alguns artefatos apresentam um único motivo, outros uma combinação de vários deles.
As diferentes combinações de talas coloridas em preto ou vermelho com talas lisas, raspadas ou não, permitem visualizar melhor os desenhos do trançado, assim como produzir padrões ainda mais variados.
Nos cumatás e peneiras redondas, o campo decorativo do tecido de arumã sempre aparece dividido em quatro por uma cruz, osso ou sustento do cesto.
Sobre a variedade dos desenhos em uso na cestaria, registrou-se 27 nomes durante a Oficina de Mestres, realizada em Tucumã em 1999, praticamente o mesmo número (28) anotado pela antropóloga Berta Ribeiro na década de 70. |
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waláiapo = balaio-ele vê |
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kettamárhi = desenho das costas de um tipo de besouro |
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