Arte Baniwa Cestaria de Arumã Cestarias Baniwa

COMO É FEITA

Etiquetar e embalar


A cestaria de arumã tem sido comercializada em dúzias. Trata-se de unidade mínima de produção por encomenda, facilitando o transporte.
Para o produtor, a dúzia é também uma referência de valor, para efeito de troca por dinheiro ou por mercadorias.
No caso dos urutus (foto ao lado), o artesão já produz as cestas observando antecipadamente o diâmetro das duas peças maiores, em cada qual serão encaixadas sucessivamente mais cinco peças, formando duas meias dúzias, posteriormente amarradas e embaladas.
Em cada peça, o artesão amarra a etiqueta com a logomarca “arte baniwa”.

O trançado da embalagem é aberto, rápido de fazer, do mesmo tipo utilizado tradicionalmente para a confecção de cestos descartáveis de carga, denominados aturás (tshéeto). São utilizadas as sobras das próprias talas do arumã, depois de descorticadas. Algumas têm alças, para facilitar o trabalho de carregar e descarregar tantas vezes, devido às cachoeiras.

Para evitar que as cestas sejam danificadas no transporte, os Baniwa ainda fazem, por dentro da embalagem, uma proteção com folhas do próprio arumã ou de sororoca. A embalagem foi criada e aprovada pelos participantes da Oficina de Mestres da Arte de Arumã (ver capítulo adiante), realizada na comunidade baniwa de Tucumã Rupitã, alto Içana, em abril de 1999.

Etiqueta
Etiquetando cestaria
Embalando jarros
Veja como a cestaria é transportada